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terça-feira, abril 12, 2005

non ho l'età 

Não sei.
Achas mesmo que pode alguma vez haver alguma coisa que eu possa dizer, que possa explodir nesse outro meu mundo e desfaça a fronteira entre mim e ti?
Porque não me entendes. Não, mesmo. Nunca. Fazes-me implodir por todos os sitios onde ainda tenho um pouco de ar guardados para ti quando ainda querias voltar a respirar.
Tenho quatro minutos e quarenta e quatro segundos de inspiração. Os mesmos que queria dançar contigo quando bucólicamente te estendi a mão sem a tirar do bolso. Não. Antes de saberes sequer que era a ti que te dava a mão. A ti. Não viste? Então, não olhes na minha direcção agora, como se fosse invisível. Isso. Reduz-me à minha insignificância magnanime nesse minusculo lugar onde só cabes Tu.
Antes pudesse voltar. No preciso instante em que te tornaste invisivel para mim. Antes pudesse olhar para ti, agora, dantes quando tu olhavas para mim como se não existisses em mim.
Três minutos. Mais do triplo do tempo que precisei para me apaixonar por ti depois de uma eternidade à tua espera. Tiveste de devorar anos para chegar Aqui?
Chegaste, perdida no caminho.
Falhas temporais, absurdos estilizados. Paixões esterelizadas. Amores estéreis.
Corpos. Perfeição. Realidade. "Não consigo tirar os meus olhos de ti".
Um minuto.
Não entres mais no meu olhar só para teres a certeza de que é só teu.
Apagou-se a voz. Eclipssaste a guitarra.
Calaram-se as luzes.

LM

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